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Brasil vive recessão mais severa da história, diz presidente do BC

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Ilan Goldfajn disse também que o governo atual tem forte compromisso com reformas que garantam a sustentabilidade da dívida pública

De Brasília
Kelly Oliveira │ Repórter da Agência Brasil

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(Foto arquivo) O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn
O Brasil está experimentando a recessão mais severa de sua história, afirmou o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, no Encontro Anual do Fundo Monetário Internacional, em Washington, nos Estados Unidos, iniciado ontem (6).

Goldfajn disse que, no último ano e meio, o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país) caiu 7% e a taxa de desemprego chegou a 12%, depois de ter ficado em 6% em 2013. Ao mesmo tempo, a inflação atingiu 11% no final de 2015 e espera-se que termine 2016 levemente acima de 7%.

“Estes desenvolvimentos foram equivalentes a um choque de oferta, e os efeitos da desaceleração global foram ampliados pela adoção de políticas internas distorcidas. A economia brasileira sofreu uma crise de confiança gerada por problemas fiscais”, disse.

De acordo com Goldfajn, a deterioração nas contas públicas levou as expectativas para a dívida bruta a 80% - 90% do PIB. “Adicionalmente, eventos políticos e não econômicos agravaram a falta de confiança. Mais recentemente, a incerteza política diminuiu e o novo governo está avançando em uma agenda de política econômica ampla”, destacou.

Estratégia política

Goldfajn disse que o governo está seguindo uma estratégia política que já provou ser sucesso anos atrás, passada na responsabilidade fiscal, metas de inflação e regime cambial flutuante (com taxas de câmbio definidas no mercado).

O presidente do BC destacou que o governo atual tem forte compromisso com reformas estruturais que garantam a sustentabilidade da dívida pública ao longo do tempo. Ele citou a emenda constitucional que limita os gastos públicos, em análise pelo Congresso Nacional, e lembrou que o governo enviará uma proposta de reforma previdenciária aos parlamentares em breve.

“Além da política fiscal, a nova administração vai avançar em uma agenda ampla de reformas estruturais para aumentar a produtividade e o crescimento de longo prazo. A agenda inclui iniciativas para fomentar o investimento em infraestrutura, privatização e reforma trabalhista”, acrescentou.

Inflação

O presidente do Banco Central disse, ainda, que a evolução dos preços indica que está em curso um processo desinflacionário, mas ainda é incerta a velocidade da desinflação.

Ele reafirmou que o BC está comprometido a levar a inflação para a meta mantendo-a estável, o que ajudará na recuperação da confiança e do crescimento econômico. Goldfajn destacou que esse compromisso é para todo o período em que há meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional, o que inclui 2017. No próximo ano, o propósito do BC é fazer a inflação convergir para o centro da meta de 4,5%.

Segundo Goldfajn, a economia tem mostrado sinais de estabilização depois de contrair por seis trimestres e a confiança em recuperação já cresceu.

Brasil vive recessão mais severa da história, diz presidente do BC Brasil vive recessão mais severa da história, diz presidente do BC Reviewed by Redação on 10/07/2016 07:00:00 PM Rating: 5

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