Dor lombar pode ser mais grave do que se imagina

'Espondilite anquilosante' é uma das doenças causadoras

(Foto: Getty Images)

Imagem Ilustrativa. Espondilite anquilosante provoca inflamação
das articulações da coluna

Sabe aquela famosa dor nas costas que não te larga por nenhum momento? E aquela tensão no pescoço que atormenta você ao final do dia? Claro que isso pode ser apenas resultado do jeito errado que se senta em frente ao computador ou excesso na hora de usar o telefone. Porém, se a dor lombar persistir por mais de três meses, com piora pela manhã e acompanhada de rigidez matinal a causa pode estar muito além da indisciplina de postura e comportamento.

Poucas pessoas dão a atenção devida, mas a causa das dores pode ser a doença reumática do sistema imunológico, inflamatória chamada de espondilite anquilosante, que afeta principalmente as articulações da coluna e quadris, embora ombros, joelhos e tornozelos possam ser acometidos. Com causa desconhecida, ela pode limitar os movimentos do corpo pela rigidez dessas articulações e aumentar a curvatura da coluna.

 “A espondilite anquilosante provoca inflamação das articulações da coluna, causando dor lombar que piora ao repouso além de ser mais comum em homens jovens entre a população”, diz o fisioterapeuta Marcelo Cardoso de Souza, que recentemente foi premiado pelo Congresso Europeu de Reumatologia por sua pesquisa de doutorado envolvendo 60 pacientes com essa doença, falando sobre fortalecimento muscular com auxílio da bola suíça.

Os sintomas são recorrentes e as crises podem ser exacerbadas em várias articulações, podendo comprometer, inclusive, o andar do paciente. Faz-se necessário o acompanhamento de um médico reumatologista para indicar o tratamento medicamentoso com antiinflamatórios e imunossupressoras.

“Os exercícios físicos são extremamente importantes para a melhora da dor, postura, respiração, força muscular e flexibilidade para esses pacientes”, reforça Marcelo. É importante salientar que a doença apesar de arrastada e progressiva, apresenta controle e o paciente pode viver com boa qualidade de vida.

Fonte: Hayai Comunicação