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De Olho no Lance: Vasco 2011

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Por Guilherme Nonaka Ferraz

Eu tenho orgulho de ser Vasco. Eu tenho orgulho de ser o único time de expressão nacional que presta homenagem a uma figura histórica em seu nome. Tenho orgulho de torcer pra um time que foi responsável pela igualdade racial no futebol brasileiro. Tenho orgulho de ter um time que revelou os 3 maiores artilheiros do campeonato nacional. Tenho orgulho das vitórias, da época gloriosa de 1997 a 2000. Tenho orgulho também de ter presenciado a seca de títulos e a década negra de 2000. É muito fácil escolher o time que sempre será campeão, difícil é escolher um time ao qual você se identifica.

O Vasco da Gama, para mim, é algo que não posso desvincular do meu ser, me acompanha desde os 6 anos, quando parava e ligava sozinho a televisão às quartas à noite e domingos à tarde acompanhando da minha aflição, sem entender muito bem todas as regras, e sem conhecer direito a escalação do meu time, gritando apenas o nome de Edmundo, grande ídolo. Ah! Os ídolos, ídolos polêmicos, nenhum serve muito bem de exemplo, nenhum é algo que eu sempre quis ser, mas ainda assim foram ídolos, Romário, Edmundo, Carlos Germano, Donizete, Mauro Galvão, Juninho Pernambucano e... Dedé! Sim, Dedé, este talvez tenha uma relevância maior que todos os outros citados por mim, pois ele representa a ressurreição vascaína, o despertar de um gigante nacional, despertar esse que foge das tradições cruz-maltinas, pois sempre fomos referência pelos nossos atacantes, defensores? Deixo isso com o Botafogo e São Paulo.

É um novo tempo que surge no Vasco (assim espero), e que se não for pra ganhar títulos, que seja para disputá-los de maneira a honrar os torcedores que pagam os ingressos e vão ao estádio, que compram produtos oficiais, que são sócios, ou que simplesmente gastam seu tempo tentando convencer rivais do seu valor e importância, como é o meu caso.

Eu não quero ser campeão, eu quero continuar tendo orgulho do meu time. Que ele dispute com raça e brio qualquer campeonato, que ele saiba que qualquer disputa tem um valor imenso para sua torcida. Ser campeão sem seus devidos méritos é motivo de vergonha, e utilizar desse argumento para explicar algo tão mágico e complexo como o futebol é algo tão leviano, que desconsidero torcedores desse tipo. Não podemos dar crédito apenas às vitórias, devemos dar crédito à postura e aos feitos alcançados com ela, quem aqui nunca sentiu orgulho de alguém na família mesmo essa pessoa não tendo conquistado nada demais? Quando você passou no vestibular, não foi em primeiro lugar geral, você passou, simplesmente mostrou seu valor, venceu alguns, perdeu para outros, mas sua família ainda sim teve orgulho de você.

Por isso, independente do resultado desse domingo de 04/12/2011, eu tenho orgulho do meu Vasco nesse ano, desse clube que é quase um membro da minha família. Essa paixão estúpida que eu tenho, assim como milhões de pessoas Brasil afora, não acabará por um único resultado de uma tarde de domingo. Se for campeão, vibrarei, se for vice, aplaudirei o time de pé. Ser Vasco é para sempre, a Cruz de Malta é pra sempre, o meu orgulho é para sempre!

De Olho no Lance: Vasco 2011 De Olho no Lance: Vasco 2011 Reviewed by Alisson Matos on 12/03/2011 10:38:00 PM Rating: 5

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