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Olho seco evaporativo é epidêmico, diz pesquisa

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Síndrome está relacionada à disfunção de uma glândula na pálpebra, ao estilo de vida, envelhecimento e fatores ambientais que se agravam no verão

(Foto: Getty Images)
Os principais sintomas do olho seco evaporativo são: visão embaçada, ardor, olhos vermelhos, coceira, sensação de areia nos olhos e em muitos casos lacrimejamento
Estudo publicado na ARVO, maior instituição no mundo de pesquisas sobre visão e oftalmologia, diz que uma das disfunções visuais que mais cresce em todas as faixas etárias é o olho seco evaporativo.
Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, o olho seco é uma das principais causas de consultas oftalmológicas. O problema atinge 25 milhões de brasileiros na proporção de três mulheres para cada homem.

A pesquisa mostra que a disfunção das glândulas meibomianas é uma causa importante da síndrome, que chega a afetar quase 70% da população em várias partes do mundo. Queiroz Neto esclarece que estas glândulas ficam localizadas na borda da pálpebra e produzem a camada lipídica da lágrima que impede a evaporação da camada aquosa.

A disfunção, explica o especialista, acontece com a obstrução dos orifícios e ductos das glândulas meibomianas que levam a uma alteração na qualidade e quantidade da lágrima. Os principais sintomas do olho seco evaporativo elencados pelo médico são: visão embaçada, ardor, olhos vermelhos, coceira, sensação de areia nos olhos e em muitos casos lacrimejamento.

Telas eletrônicas

“O desconforto é similar ao da fadiga visual causada pela síndrome da visão no computador quando passamos mais de 2 horas ininterruptas olhando para um equipamento de mesa, tablet ou celular” afirma o médico. Isso porque, em frente as telas eletrônicas as pessoas piscam menos e a lubrificação dos olhos se torna insuficiente.

Dois estudos conduzidos por Queiroz Neto mostram que a síndrome da visão no computador atinge 75% dos brasileiros com até 40 anos que fazem uso intensivo das tecnologias e 90% dos que têm mais de 40 anos. Esta prevalência é maior acima dos 40 anos e é provocada pela menor produção de lágrima conforme o corpo envelhece.

Isso ignifica que o olho seco evaporativo é multifatorial. Outros fatores de risco enumerados pelo oftalmologista são:

· Uso de alguns medicamentos, entre eles antialérgicos e corticoides;

· Menor produção de hormônios entre mulheres após a menopausa;

· Permanecer em ambientes refrigerados;

· Evaporação da lágrima nos banhos de sol prolongados;

· Uso de lentes de contato, especialmente do tipo gelatinosa que absorve mais lágrima para se manter mais hidratada que as rígidas.

Tratamentos

O oftalmologista Queiroz Neto afirma que um dos maiores desafios do olho seco é a adesão dos pacientes ao tratamento. Isso porque, a lágrima tem três camadas – aquosa, lipídica e proteica. As diversas opções de colírio lubrificante agem em uma camada específica do filme lacrimal. Por isso, o uso sem uma avaliação médica nem sempre resolve o problema, muitos desanimam do tratamento por acreditar que não tem solução e acabam tendo olho seco crônico que pode ferir a córnea - lente externa do olho.

A boa notícia é que o tratamento com aplicação de luz pulsada está atingindo excelentes resultados. O oftalmologista conta que muitos pacientes com olho seco crônico sentem melhora logo após a primeira aplicação. O estudo da ARVO revela que isso acontece porque a aplicação da luz pulsada melhora a qualidade da lágrima. E o melhor: o efeito é consistente e o equilíbrio do filme lacrimal permanece após o tratamento completo que inclui três sessões.

Fonte: LDC Comunicação
Olho seco evaporativo é epidêmico, diz pesquisa Olho seco evaporativo é epidêmico, diz pesquisa Reviewed by Redação on 1/07/2020 07:42:00 PM Rating: 5

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