Movimento Não Foi Acidente promove ‘2ª Caminhada Pela Vida’

Evento acontece às vésperas de completar um ano do acidente que motivou a campanha

Por Leandro Silva

(Imagem: reprodução / naofoiacidente.org)

Logo da campanha

Os organizadores do Movimento Não Foi Acidente farão a segunda passeata em favor da vida neste sábado (15) na zona Oeste de São Paulo. Batizado de ‘2ª Caminhada Pela Vida’, o evento iniciará às 10h no portão principal do Parque Villa Lobos. A manifestação lembra as mortes de Miriam Baltresca, de 58 anos, e Bruna Baltresca, de 28, causadas por um motorista embriagado, há um ano, na região.

Na noite de 17 de setembro de 2011, Miriam e Bruna – mãe e filha – andavam pela calçada em frente ao Shopping Villa Lobos quando foram atingidas por um carro em alta velocidade. O impacto prensou as vítimas em um muro. Miriam faleceu na hora; Bruna, pouco depois de ser socorrida. O motorista, Marcos Alexandre Martins, de 33 anos, apresentava sinais de embriaguês e estava acima do limite de velocidade permitido. Na ocasião, o condutor do veículo se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas realizou exame de sangue e foi preso. Dias depois, Marcos foi solto e permanece em liberdade.

Após o episódio, Rafael Baltresca – filho e irmão das vítimas – criou o Movimento Não Foi Acidente, que propõe alterações no Código de Trânsito Brasileiro a fim de implantar rigidez nas punições para quem bebe e dirige. Na opinião de Rafael, a iniciativa, além de justa, é uma forma de garantir um futuro melhor. “Sei que tudo é passageiro e um dia será a minha hora também, mas faço de tudo para mudar este mundo porque meus filhos e netos viverão aqui. Dar de ombros ao que acontece é punir as próximas gerações”, diz.

A caminhada do próximo sábado deve contar com mais de 3.000 pessoas e tem o propósito de ampliar o número de cidadãos que apoiam o movimento, registrado em 610.251 até o momento. A ‘1ª Caminhada Pela Vida’ foi realizada em outubro passado, também com o objetivo de expandir a campanha, que precisa de 1.300.000 assinaturas para se tornar projeto de lei.

Para mais informações, bem como assinar a petição, acesse www.naofoiacidente.org .