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Saiba mais sobre o transtorno afetivo bipolar

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Quadros de intensa euforia ou profunda melancolia podem ser indicativos da existência do transtorno

(Foto: Getty Images)
Quando anunciou o motivo do cancelamento de sua atual turnê, a cantora irlandesa Sinéad O’Connor entrou para uma lista que inclui nomes como o do pintor Vincent Van Gogh, da escritora Virginia Woolf e da atriz Catherine Zeta-Jones: o das pessoas que sofrem de transtorno afetivo bipolar. “Como o nome bipolar já sugere, a pessoa vive sentimentos antagônicos, que vão de uma condição deprimida a uma reação eufórica compulsiva, que podem conviver simultaneamente ou se alternar”, explica a psicóloga do CPPL, Fernanda Nogueira de Farias.

De acordo com a profissional, não há uma única causa que possa ser apontada como causadora do transtorno, existindo porém frustrações subjetivas que podem servir de gatilho para deflagrar a crise. “Diante de uma frustração, de dificuldades na vida, a pessoa que apresenta esse tipo de sensibilidade pode reagir de forma intensa e compulsiva, com um excesso de energia e exaltação, alegria eufórica e pensamento acelerado, como também pode ficar deprimida, com sentimento melancólico e tristeza profunda”, explica Fernanda. “Ambas as reações excessivas sinalizam a dificuldade de lidar com os sentimentos diante das situações da vida, podendo inclusive limitar a vida ativa e social da pessoa”, revela.

Fernanda ressalta que é comum vivenciar sentimentos de felicidade e de tristeza que nos levam a ficarmos mais animados ou mais quietos. No entanto, existem diferenças entre o estado de tristeza comum ao de luto pelo falecimento de uma pessoa querida, por exemplo, e a melancolia que caracteriza o quadro bipolar. “No primeiro caso, há um recolhimento e um desinvestimento da vida por algum tempo, que é natural e inclusive saudável para a pessoa poder se desligar aos poucos daquele que se foi”, diz Fernanda. “Quando se trata de um transtorno afetivo bipolar, percebe-se uma tristeza profunda. Quem a vive não se sente capaz de continuar, não se sente merecedor da vida. São autocensuras vividas com uma culpa sufocante. Há uma dificuldade de regular a culpa, a vergonha, a responsabilidade. Ora para mais (excitação, compulsão, alegria despropositada), ora para menos (depressão, tristeza profunda)”, completa.

O tratamento do transtorno se dá na articulação do medicamento com uma terapia. Além disso, a pessoa diagnosticada precisa se cuidar para sair dessa situação, contando, inclusive, com a ajuda da família. “Se está deprimida ou compulsiva é importante que a pessoa tenha um espaço para falar sobre o que sente para entender o que a faz reagir assim”, afirma Fernanda. “É importante que ela seja acompanhada por um especialista, pois cada caso é um caso e, dependendo do tipo de intervenção que precise ser feita, a família pode ser condição para que o processo de tratamento aconteça”, explica.

“Procurar um psicólogo é importante para entender o que se passa. Além de o profissional poder fazer o encaminhamento e indicação terapêutica para o tratamento, o espaço de fala contínuo é fundamental para que a pessoa possa pensar sua vida, sobre o que acontece para que as situações cheguem a esse ponto de sofrimento”, afirma Fernanda Nogueira de Farias. “Muitas vezes, o acompanhamento de um psiquiatra se faz necessário, pois ainda existem casos que, dependendo da intensidade, precisam de internamento”, conclui a profissional.

Fonte: Bravo Comunicação
Saiba mais sobre o transtorno afetivo bipolar Saiba mais sobre o transtorno afetivo bipolar Reviewed by Redação on 7/24/2012 03:24:00 PM Rating: 5

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