Por Amanda Cotrim
Na noite desta sexta feira (10), o neto do revolucionário russo, Leon Trotsky, Esteban Volkov Bronsteiné, esteve no evento que abriu a jornada de comemoração aos oito anos da nova fase da fábrica Flaskô, em Sumaré. Desde junho de 2003, a fábrica, que produz reservatórios e tonéis de plástico, é mantida pelos funcionários, num sistema de autogestão. O evento contou com cerca de 300 pessoas, tais quais estudantes, professores, artistas, órgãos de imprensa, intelectuais, entre outros.
A fábrica Flaskô iria fechar as portas, quando o antigo dono abriu concordata. Porém, os funcionários para não perder os seus empregos, reduziram a margem de lucro, criaram um conselho e estabeleceram a jornada de 30 horas semanais, de segunda a sexta- feira, dividida, sem precisar diminuir os salários.
Para comemorar essa inciativa, que já dura oito anos, a Flaskô trouxe o neto do Trotsky (a presença de Steban contou com a colaboração de Caio Dezorzi, já que ele fala espanhol). De cabelos brancos e olhos claros, aos 85 anos, Esteban Volkov Bronsteiné foi o único sobrevivente da família de Trotsky. Na década de 30, o revolucionário russo e seus familiares foram mortos, no México, a mando de seu rival político, Stalin. Mas, Esteban, na época com 14 anos, sobreviveu. Durante o evento, o neto de Trotsky enfatizou que sua missão é propagar a verdade diante de algumas histórias sobre seu avô. Ele deixou evidente sua postura em preservar a memória de Trotsky e dizer as pessoas que o sistema de governo comandado por Stalin nao era o ideal para o seu avô, e por isso Trotsky foi assassinado.
Esteban também falou sobre um sistema de governo igualitário e a importância da fábrica Flaskô, no cenário político-econômico vigente. Durante o evento dessa sexta feira, Esteban também conheceu a Fábrica de Cultura e Esporte (dentro da fábrica Flasko), onde a população de Sumaré tem acesso gratuito a teatro, judô, cinema, quadrinhos, entre outras atividades. Em viagem ao Brasil, além da visitar a Flaskô, o neto de Trotsky também participou de conferências em Santa Catarina, São Paulo (TUCA, na PUC-SP) e na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife. Após a sua passagem pelo país tropical, Esteban deve voltar ao México, onde é curador do Museu Casa de Leon Trotsky (o museu ocupa a antiga casa onde Trotsky morreu, em 1940).
Quem compareceu ao evento, na fábrica Flaskô, nessa sexta feira, pode conhecer um fragmento da história contado por um homem que é o simbolo de uma importante memória mundial do século XX. Para que a Flaskô se torne legalmente um espaço de utilidade pública e as atividades na fábrica de Cultura e Arte continuem funcionando, foi criado e apresentado um projeto de lei, de iniciativa popular, na Câmara e Prefeitura de Sumaré.
Serviço:
Fábrica Flasko: Rua 26, nº 300- Parque Bandeirantes- Sumaré- SP.
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Esteban Volkov também participou de outras conferências pelo Brasil |
A fábrica Flaskô iria fechar as portas, quando o antigo dono abriu concordata. Porém, os funcionários para não perder os seus empregos, reduziram a margem de lucro, criaram um conselho e estabeleceram a jornada de 30 horas semanais, de segunda a sexta- feira, dividida, sem precisar diminuir os salários.
Para comemorar essa inciativa, que já dura oito anos, a Flaskô trouxe o neto do Trotsky (a presença de Steban contou com a colaboração de Caio Dezorzi, já que ele fala espanhol). De cabelos brancos e olhos claros, aos 85 anos, Esteban Volkov Bronsteiné foi o único sobrevivente da família de Trotsky. Na década de 30, o revolucionário russo e seus familiares foram mortos, no México, a mando de seu rival político, Stalin. Mas, Esteban, na época com 14 anos, sobreviveu. Durante o evento, o neto de Trotsky enfatizou que sua missão é propagar a verdade diante de algumas histórias sobre seu avô. Ele deixou evidente sua postura em preservar a memória de Trotsky e dizer as pessoas que o sistema de governo comandado por Stalin nao era o ideal para o seu avô, e por isso Trotsky foi assassinado.
Esteban também falou sobre um sistema de governo igualitário e a importância da fábrica Flaskô, no cenário político-econômico vigente. Durante o evento dessa sexta feira, Esteban também conheceu a Fábrica de Cultura e Esporte (dentro da fábrica Flasko), onde a população de Sumaré tem acesso gratuito a teatro, judô, cinema, quadrinhos, entre outras atividades. Em viagem ao Brasil, além da visitar a Flaskô, o neto de Trotsky também participou de conferências em Santa Catarina, São Paulo (TUCA, na PUC-SP) e na Universidade Federal de Pernambuco, no Recife. Após a sua passagem pelo país tropical, Esteban deve voltar ao México, onde é curador do Museu Casa de Leon Trotsky (o museu ocupa a antiga casa onde Trotsky morreu, em 1940).
Quem compareceu ao evento, na fábrica Flaskô, nessa sexta feira, pode conhecer um fragmento da história contado por um homem que é o simbolo de uma importante memória mundial do século XX. Para que a Flaskô se torne legalmente um espaço de utilidade pública e as atividades na fábrica de Cultura e Arte continuem funcionando, foi criado e apresentado um projeto de lei, de iniciativa popular, na Câmara e Prefeitura de Sumaré.
Serviço:
Fábrica Flasko: Rua 26, nº 300- Parque Bandeirantes- Sumaré- SP.
Em 8 anos de autogestão, Flaskô recebe o neto de Leon Trotsky
Reviewed by Alisson Matos
on
6/12/2011 05:48:00 PM
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