A demora no atendimento, fila de espera no pronto-socorro, no laboratório e na clínica estão entre as reclamações mais comuns
Seis em cada dez usuários da saúde suplementar tiveram, no último ano, alguma experiência negativa com o atendimento oferecido pelos planos de saúde. Os dados integram pesquisa divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta terça-feira (21). O levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Datafolha comprova a alta correlação entre a experiência negativa vivenciada pelos pacientes e seus familiares e a insatisfação com o atendimento prestado pelos planos.
De acordo com a pesquisa, as reclamações mais comuns estão relacionadas com a demora no atendimento ou fila de espera no pronto-socorro, no laboratório ou na clínica (26%). Percentual significativo dos entrevistados também relatou existir poucas opções de médicos, hospitais e laboratórios (21%) disponíveis para o atendimento de suas necessidades. Outros 14% relatam que tiveram que buscar a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS) por conta da negação de cobertura ou restrição de atendimento do plano de saúde contratado.
Com relação ao atendimento médico, a principal queixa dos entrevistados é a dificuldade de marcar uma consulta (19%) e o descredenciamento do profissional médico procurado (18%). O excesso de burocracia foi outro ponto de reclamação dos usuários: 13% vivenciaram demora para a autorização de exames ou a liberação de guias, inclusive de internação e 12% tiveram negativa de cobertura de procedimento ou exame.
Pagamentos extras
A cobrança de valores adicionais, além da mensalidade, também foi apontada por 19% dos entrevistados, que tiveram de efetuar pagamento extra para garantir a realização de consultas, exames ou outros procedimentos. A pesquisa captou ainda relatos de usuários dos planos que tiveram que deixar um cheque caução para ser atendido, não encontraram vaga para internação, foram transferidos para outro hospital por determinação do plano e tiveram alta médica imposta pelo plano antes da determinação do médico.
A pesquisa feita pelo Datafolha no período de 4 e 5 de abril de 2011, ouviu 2.061 pessoas, distribuídas em 145 municípios e com idades de 16 anos ou mais. Dentre os entrevistados, 26% disseram possuir plano ou seguro saúde, na condição de titulares ou dependentes, compondo amostra final de 545 indivíduos.
Desse total de 545 entrevistados, 52% possuíam plano coletivo (da empresa ou instituição em que trabalham). O restante afirmou contar com planos individuais ou familiares comprados diretamente no mercado. No Brasil, 45,5 milhões de pessoas têm planos ou seguros de saúde. Atuam nesse mercado 1.044 empresas que movimentaram aproximadamente R$ 71 bilhões em 2010, segundo dados da Agência nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Fonte: Conselho Federal de Medicina
Seis em cada dez usuários da saúde suplementar tiveram, no último ano, alguma experiência negativa com o atendimento oferecido pelos planos de saúde. Os dados integram pesquisa divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta terça-feira (21). O levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Datafolha comprova a alta correlação entre a experiência negativa vivenciada pelos pacientes e seus familiares e a insatisfação com o atendimento prestado pelos planos.
De acordo com a pesquisa, as reclamações mais comuns estão relacionadas com a demora no atendimento ou fila de espera no pronto-socorro, no laboratório ou na clínica (26%). Percentual significativo dos entrevistados também relatou existir poucas opções de médicos, hospitais e laboratórios (21%) disponíveis para o atendimento de suas necessidades. Outros 14% relatam que tiveram que buscar a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS) por conta da negação de cobertura ou restrição de atendimento do plano de saúde contratado.
Com relação ao atendimento médico, a principal queixa dos entrevistados é a dificuldade de marcar uma consulta (19%) e o descredenciamento do profissional médico procurado (18%). O excesso de burocracia foi outro ponto de reclamação dos usuários: 13% vivenciaram demora para a autorização de exames ou a liberação de guias, inclusive de internação e 12% tiveram negativa de cobertura de procedimento ou exame.
Pagamentos extras
A cobrança de valores adicionais, além da mensalidade, também foi apontada por 19% dos entrevistados, que tiveram de efetuar pagamento extra para garantir a realização de consultas, exames ou outros procedimentos. A pesquisa captou ainda relatos de usuários dos planos que tiveram que deixar um cheque caução para ser atendido, não encontraram vaga para internação, foram transferidos para outro hospital por determinação do plano e tiveram alta médica imposta pelo plano antes da determinação do médico.
A pesquisa feita pelo Datafolha no período de 4 e 5 de abril de 2011, ouviu 2.061 pessoas, distribuídas em 145 municípios e com idades de 16 anos ou mais. Dentre os entrevistados, 26% disseram possuir plano ou seguro saúde, na condição de titulares ou dependentes, compondo amostra final de 545 indivíduos.
Desse total de 545 entrevistados, 52% possuíam plano coletivo (da empresa ou instituição em que trabalham). O restante afirmou contar com planos individuais ou familiares comprados diretamente no mercado. No Brasil, 45,5 milhões de pessoas têm planos ou seguros de saúde. Atuam nesse mercado 1.044 empresas que movimentaram aproximadamente R$ 71 bilhões em 2010, segundo dados da Agência nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Fonte: Conselho Federal de Medicina
58% dos usuários têm reclamações contra planos de saúde, aponta pesquisa
Reviewed by Diego Martins
on
6/21/2011 01:14:00 PM
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