Artigo │ Por Marcelo Sarra Falsi
(Foto: divulgação)
Muitas pessoas não percebem ou nem sabem que fortes dores de cabeça e o ronco podem estar interligados com sua origem na boca. E são diversos os fatores que desencadeiam o ato de apertar ou ranger os dentes, principalmente durante à noite, como forma de estresse ou problemas emocionais.
Ao passar por tais ocorrências a pessoa desconta na boca situações do cotidiano, usando-a como "apoio" para tal. O ranger de dentes durante o sono nada mais é que o espelho da situação vivida durante o dia, geralmente de estress, com alto envolvimento emocional, em que a musculatura facial mostra-se tensa.
O nome da doença, bruxismo, teve origem na Idade Média, quando acreditava-se que pessoas que raspavam os dentes durante o sono estavam tomadas por feitiços ou bruxaria. Hoje, o problema faz parte do dia-a-dia de muitos brasileiros. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a dor crônica, principalmente as dores de cabeça, pescoço e face afetam 30% da população mundial – sendo um dos principais problemas de saúde pública, pois interfere na qualidade de vida das pessoas e prejudica em suas atividades diárias. Isso impede quem tem esses problemas de executar, muitas vezes, as tarefas mais simples.
Quanto ao ronco, ainda de acordo com a OMS, atinge de 4 a 10% da população brasileira e pode interromper a respiração por pelo menos dez segundos – mais de cinco vezes por hora de sono! Além de um descanso de má qualidade, a apnéia pode ser responsável por sonolências diurnas que determinam inúmeros problemas físicos, emocionais e laborativos.
E como saber se o problema está realmente na boca? É fácil identificar uma pessoa que range os dentes por meio de manifestações clínicas que aparecem no interior da cavidade oral, como os desgastes exagerados na dentição. No caso de quem aperta a boca, pode haver perda de esmalte no colo do dente (pequenas depressões causadas por tensões geradas no local) e radiograficamente perdas ósseas ao redor deles. Além disso, outras manifestações importantíssimas (e prejudiciais à saúde) são as terríveis dores de cabeça e a falta de oxigenação noturna. Ao apertar ou ranger, há o envolvimento da musculatura facial. Há também uma articulação importante e que pode ser afetada, denominada tempôromandibular (ATM), localizada perto do ouvido.
Com a fadiga muscular, à noite, existem certos espasmos em que a musculatura involuntariamente procura uma posição de relaxamento – a qual dificilmente é conseguida, devido a nossa anatomia dental. São intereferências oclusais, as chamadas cúspides de nossos dentes. A estafa e o desgaste dessa articulação provocam a dor de cabeça. O travamento diminui a permeabilidade de oxigênio e gera o aumento dos quadros de apnéia noturna.
Como qualquer tratamento é preciso saber a causa para obter um bom resultado. Em alguns casos a solução pode estar no tratamento interdisciplinar, em exercícios físicos, diminuição do sobrepeso ou na psicoterapia. Outra forma de cuidar desse problema é com o uso de placas noturnas – aparelhos confeccionados especialmente para cada paciente – resolvem e muito a situação, pois distribuem a força muscular entre os dentes; aumenta a permeabilidade de oxigênio e minimiza, desta forma, o ronco. Procure um dentista de confiança. Estes simples atos poderão proporcionar boas noites de sono para quem identifica os problemas gerados pelo bruxismo.
(Foto: divulgação)
Marcelo Sarra Falsi é cirugião-dentista e diretor da clínica DF Odonto |
Ao passar por tais ocorrências a pessoa desconta na boca situações do cotidiano, usando-a como "apoio" para tal. O ranger de dentes durante o sono nada mais é que o espelho da situação vivida durante o dia, geralmente de estress, com alto envolvimento emocional, em que a musculatura facial mostra-se tensa.
O nome da doença, bruxismo, teve origem na Idade Média, quando acreditava-se que pessoas que raspavam os dentes durante o sono estavam tomadas por feitiços ou bruxaria. Hoje, o problema faz parte do dia-a-dia de muitos brasileiros. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a dor crônica, principalmente as dores de cabeça, pescoço e face afetam 30% da população mundial – sendo um dos principais problemas de saúde pública, pois interfere na qualidade de vida das pessoas e prejudica em suas atividades diárias. Isso impede quem tem esses problemas de executar, muitas vezes, as tarefas mais simples.
Quanto ao ronco, ainda de acordo com a OMS, atinge de 4 a 10% da população brasileira e pode interromper a respiração por pelo menos dez segundos – mais de cinco vezes por hora de sono! Além de um descanso de má qualidade, a apnéia pode ser responsável por sonolências diurnas que determinam inúmeros problemas físicos, emocionais e laborativos.
E como saber se o problema está realmente na boca? É fácil identificar uma pessoa que range os dentes por meio de manifestações clínicas que aparecem no interior da cavidade oral, como os desgastes exagerados na dentição. No caso de quem aperta a boca, pode haver perda de esmalte no colo do dente (pequenas depressões causadas por tensões geradas no local) e radiograficamente perdas ósseas ao redor deles. Além disso, outras manifestações importantíssimas (e prejudiciais à saúde) são as terríveis dores de cabeça e a falta de oxigenação noturna. Ao apertar ou ranger, há o envolvimento da musculatura facial. Há também uma articulação importante e que pode ser afetada, denominada tempôromandibular (ATM), localizada perto do ouvido.
Com a fadiga muscular, à noite, existem certos espasmos em que a musculatura involuntariamente procura uma posição de relaxamento – a qual dificilmente é conseguida, devido a nossa anatomia dental. São intereferências oclusais, as chamadas cúspides de nossos dentes. A estafa e o desgaste dessa articulação provocam a dor de cabeça. O travamento diminui a permeabilidade de oxigênio e gera o aumento dos quadros de apnéia noturna.
Como qualquer tratamento é preciso saber a causa para obter um bom resultado. Em alguns casos a solução pode estar no tratamento interdisciplinar, em exercícios físicos, diminuição do sobrepeso ou na psicoterapia. Outra forma de cuidar desse problema é com o uso de placas noturnas – aparelhos confeccionados especialmente para cada paciente – resolvem e muito a situação, pois distribuem a força muscular entre os dentes; aumenta a permeabilidade de oxigênio e minimiza, desta forma, o ronco. Procure um dentista de confiança. Estes simples atos poderão proporcionar boas noites de sono para quem identifica os problemas gerados pelo bruxismo.
Dores de cabeça, ronco e apnéia: a solução pode estar no dentista
Reviewed by Diego Martins
on
4/19/2011 02:20:00 PM
Rating:
Nenhum comentário
Fale com a redação: contato@portaltelenoticias.com