Por Amanda Cotrim
Na última semana a FIFA anunciou oficialmente as cidades sedes da Copa do Mundo de 2014. São 12: Brasília, Belo horizonte, Cuiabá, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Natal, Salvador, Recife, Manaus e Fortaleza.
A divulgação, com transmissão ao vivo, teve toda pompa. Até aí tudo bem, né? Não. O quadro que se pinta é de um mar tranqüilo e sereno, mas a tormenta que se aproxima, a maioria das pessoas faz questão de não anunciar.
Será que é muito pessimismo de minha parte dizer que a Copa do Mundo no Brasil será o maior absurdo do futebol que vi e verei?
Gostaria de levantar algumas questões: o que será feito com o estádio em Manaus, depois da Copa, que se quer tem um time de expressão nacional para depois utilizá-lo? E em Cuiabá? Quem vai jogar lá depois?
Os investimentos para a Copa do mundo giram a roda dos milhares... dos milhões. Milhões esses que seriam de suma importância para melhorar a saúde pública brasileira, pois só quem já precisou do Sistema Único de Saúde (SUS), sabe a calamidade que é ser “tratada” nos corredores desumanos dos Prontos Socorros pelo país.
Agora, alguém pode dizer: mas quem disse que será usado dinheiro público? E eu repondo: Você ainda tem alguma dúvida? Quantos “mensalões” serão necessários para que as pessoas saibam que são roubadas um pouco por dia; que suas vidas são compradas em “suaves” prestações?
A violência, que é um problema de estrutura social, está diante de nossos olhos diariamente, mas ao invés de se criarem mecanismos para que ela diminua, não. É mais bonito fazer festa e jogar sujeira para debaixo do tapete do que reformar o piso para poder tirar o carpete, não é?
É inegável que a Copa gerará novos empregos e com isso trarão benefícios ao Brasil e às cidades sedes. Mas, a que preço? Ao preço dos cofres públicos.
Os clubes de futebol que terão seus estágios reformados não podem e não devem receber auxilio público para tal. Mas quem garante que isso acontecerá? Serra garante que não vai pôr um tostão de dinheiro público no Morumbi - estádio privado, que não tem achado parceiros para investir a montanha de dinheiro necessária para a obra.
A crise está aí e o investimento tem que ser feito agora. Calcula-se que o custo seja da ordem de R$ 300 milhões, dos quais o São Paulo teria R$ 130 milhões já empenhados.
Com tantos milhões rolando, parece que se trata até de uma miragem falar em Copa do Mundo no Brasil. Mas não é. É bem real, por sinal. As obras de infraestrutura das cidades sedes correm o risco de não serem feitas em 5 anos, daí o dinheiro público entra na parada para “acelerar” o processo e ter o lucro na rentabilidade do evento, mas esse “lucro” nunca é passado para o povo, não é mesmo?
Diante disso, nós, meros blogueiros, temos de nos apegar em Oxum, Jesus Cristo, Buda, Alá... Para que eles nos acudam, porque o bicho é mais feio do que pintaram.
E agora, José? |
A divulgação, com transmissão ao vivo, teve toda pompa. Até aí tudo bem, né? Não. O quadro que se pinta é de um mar tranqüilo e sereno, mas a tormenta que se aproxima, a maioria das pessoas faz questão de não anunciar.
Será que é muito pessimismo de minha parte dizer que a Copa do Mundo no Brasil será o maior absurdo do futebol que vi e verei?
Gostaria de levantar algumas questões: o que será feito com o estádio em Manaus, depois da Copa, que se quer tem um time de expressão nacional para depois utilizá-lo? E em Cuiabá? Quem vai jogar lá depois?
Os investimentos para a Copa do mundo giram a roda dos milhares... dos milhões. Milhões esses que seriam de suma importância para melhorar a saúde pública brasileira, pois só quem já precisou do Sistema Único de Saúde (SUS), sabe a calamidade que é ser “tratada” nos corredores desumanos dos Prontos Socorros pelo país.
Agora, alguém pode dizer: mas quem disse que será usado dinheiro público? E eu repondo: Você ainda tem alguma dúvida? Quantos “mensalões” serão necessários para que as pessoas saibam que são roubadas um pouco por dia; que suas vidas são compradas em “suaves” prestações?
A violência, que é um problema de estrutura social, está diante de nossos olhos diariamente, mas ao invés de se criarem mecanismos para que ela diminua, não. É mais bonito fazer festa e jogar sujeira para debaixo do tapete do que reformar o piso para poder tirar o carpete, não é?
É inegável que a Copa gerará novos empregos e com isso trarão benefícios ao Brasil e às cidades sedes. Mas, a que preço? Ao preço dos cofres públicos.
Os clubes de futebol que terão seus estágios reformados não podem e não devem receber auxilio público para tal. Mas quem garante que isso acontecerá? Serra garante que não vai pôr um tostão de dinheiro público no Morumbi - estádio privado, que não tem achado parceiros para investir a montanha de dinheiro necessária para a obra.
A crise está aí e o investimento tem que ser feito agora. Calcula-se que o custo seja da ordem de R$ 300 milhões, dos quais o São Paulo teria R$ 130 milhões já empenhados.
Com tantos milhões rolando, parece que se trata até de uma miragem falar em Copa do Mundo no Brasil. Mas não é. É bem real, por sinal. As obras de infraestrutura das cidades sedes correm o risco de não serem feitas em 5 anos, daí o dinheiro público entra na parada para “acelerar” o processo e ter o lucro na rentabilidade do evento, mas esse “lucro” nunca é passado para o povo, não é mesmo?
Diante disso, nós, meros blogueiros, temos de nos apegar em Oxum, Jesus Cristo, Buda, Alá... Para que eles nos acudam, porque o bicho é mais feio do que pintaram.
Artigo da Semana: Ser patriota ou ser pateta?
Reviewed by Amanda Cotrim
on
6/09/2009 10:54:00 AM
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Olá!
ResponderExcluirEu já escrevi um post sobre esse assunto em meu blog. Digo o seguinte: quem está adorando essa história de Copa no Brasil são as grandes empreiteiras!
Tem muita coisa pra ser feita. Não é só estádio. Fortaleza está disposta a torrar um orçamento de R$ 9 bilhões ( prefeitura, estado, iniciativa privada) para realizar as obras para estádio, transporte, infra-estrutura.
Vai ser bom? Talvez. Olhe o exemplo do Rio de Janeiro nos jogos Pan-Americanos....qual foi o legado mesmo?
Não é nem questão de ser pessimista ou otimista, mas em um país onde a corrupção é quase virtude, dá no que pensar.
abs!